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domingo, 12 de outubro de 2008

Nem todo mundo sofre com a crise econômica mundial...


A nova crise financeira mundial começou nos Estados Unidos no início de 2007, com a crise do subprime ( tipo de empréstimos de segunda linha no país). Com o crescimento do mercado imobiliário, as financeiras americanas passaram a confiar de modo excessivo em pessoas que não tinham bom histórico de pagamento de dívidas. O bom momento econômico , com taxas de juros baixas no país e boas condições de financiamento, fez os americanos se endividarem para comprar imóveis. Os bancos decidiram transformar os empréstimos hipotecários em papéis e venderam a outras instituições financeiras, gerando perda generalizada.


Vários bancos americanos apresentaram perdas bilionárias e tiveram de ser socorridos pelo governo. O governo porém não pode ajudar todas as instituições, o que levou a quebra de grandes companias como a Lehman Brothers. Essa crise se alastrou pela economia e fragilizou o sistema mundial. Um dos reflexos mais visíveis foi a queda no mercado de ações em todo o mundo.


Mas nem todos mundo está sofrendo com esse colapso da economia. Companhias de seguro, especuladores, investidores em ouro e exportadores são alguns dos beneficiados. A eHealthInsurance, que atua no ramo de seguros de saúde vendidos pela Internet pode ser citada como exemplo de empresa que está faturando com a crise. Muitos dos funcionários demitidos por causa da recessão perderam seus planos de saúde e tiveram que buscar alternativas. Foi aí que a empresa que já tinha 95% do mercado passou a faturar ainda mais.


quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Nem tudo é rosa e alegre no mundo gay

Vou aproveitar o "gancho" do post sobre o debate de segurança pública para escrever sobre um tipo de violência que infelizmente é mais comum do que se imagina. A violência por razões homofóbicas pode partir de ações individuais, de grupos ou até mesmo de forças governamentais de alguns países que consideram o homossexualismo um crime. Sim, é absurdo, mas países como o Irã, Mauritânia, Nigéria, Paquistão, Arábia Saudita, Sudão e Iêmen, ainda nos dias de hoje instituem pena de morte à homossexuais . Muitas pessoas que são "confundidas" como sendo gays ou lésbicas também são alvos dessa prática, que faz parte dos chamados "crimes de ódio (crime que acontece quando alguém agride, estupra, mata, abusa, intimida ou insulta outra por causa da sua etnia, religião, sexo , deficiência ou orientação sexual).

Os crimes contra homossexuais são praticados por pessoas preconceituosas que consideram uma aberração a atração e amor por pessoas do mesmo sexo. Outras vezes o agressor também é homossexual, porém reprimido e quer mostrar para a sociedade que ele é "macho". Além disso existem os casos como o do publicitário M. V. que chegou a apanhar de colegas de sala porquê parecia ser homossexual. "Sempre fui vítima de piadinhas, apelidos e maus tratos na escola, porquê os meus colegas cismaram que eu era gay. Eu era e ainda sou muito quieto, calmo e delicado porém isso nada tem a ver com minha opção sexual, sou hetero. Um dia, depois da aula, 5 colegas de sala me pegaram na saída e me espancaram, quebraram meu braço e disseram que deviam proibir viados de frequentar um escola normal. Disseram ainda que se eu não virasse homem da próxima vez eles iam me matar para livrar o mundo de gente nojenta como eu." Contou M. V.


A estimativa no Brasil é de que a cada 2 dias uma pessoa é assassinada por causa de sua orientação sexual, o que segundo Luiz Mott sociólogo e militante gay coloca nosso país no topo do ranking mundial desse tipo de crime. A violência muitas vezes começa em casa. Ao invés de receber carinho e apoio dos familiares, ao se revelarem homossexuais,muitos são expulsos e agredidos tanto fisicamente quanto verbalmente.


Até na ficção esse tema é abordado. Filmes como "Garotos não choram" e "O segredo de Brokeback Mountain" mostram cenas de crimes de ódio que levam à morte dos personagens principais, interpretados no primeiro por Hilary Swank e no segundo por Jake Gyllenhaal. Na vida real, casos como esses dos filmes ocorrem com frequência. Minha família, por exemplo, conhecia um cozinheiro famoso na cidade de Guarapari, no Espírito Santo. Ele era abertamente homossexual e foi assassinado quando voltava a noite para casa. Antes de ser esfaqueado a poucos quarteirões do restaurante onde trabalhava, ele já havia sido ameaçado de morte por causa de sua opção sexual. O Presidente da ONG Ações Cidadãs em Orientação Sexual (ACOS), Jaques Jesus orienta que, em todos os casos de agressão a polícia deve ser procurada, para que seja feito o exame de corpo de delito. Além disso é importante denunciar o crime aos grupos de ativistas homossexuais Se o oficial de polícia também apela para agressão, a vítima deve chamar o delegado titular, o plantonista, ou, se necessário, procurar um órgão de defesa dos direitos humanos.


Ninguém é obrigado a partilhar da mesma opinião, ter os mesmos desejos, gostar das mesmas coisas. Mas o RESPEITO é fundamental. Não importa cor, classe social, orientação sexual, etnia ou religião, estilo musical ou de vestir. Ninguém tem o direito de agredir ou maltratar outra pessoa, quanto mais fundamentar esse crime em algo tão pessoal e que em nada o está afetando. Esse vídeo no fim da matéria traz a música Imagine de John Lennon e uma reflexão sobre os crimes de ódio.


A homossexualidade não é crime. Nenhuma lei no Brasil condena a prática da homossexualidade. Crime é discriminar os gays, lésbicas, bissexuais e travestis.




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